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domingo, 26 de fevereiro de 2012

Sifu Mello: fundador e mestre do Instituto Lohan

Olá, temos a felicidade em iniciar este projeto, compartilhando um pouco sobre um dos grandes expoentes do kung fu atualmente em nosso país. Sifu Mello é Fundador e Mestre do Templo e Instituto Lohan. 


 Ele compartilha conosco um pouco do seu conhecimento sobre o que é kung fu através de algumas questões conforme abaixo.

O que seria um Sifu?

Um detentor de conhecimento em kung fu.
Um mestre de kung fu pode te enviar por uma estrada da vida verdadeira, não de ilusão de quem é mais forte…





Forte por forte, todos vamos morrer.
Um cara te da um tiro e te mata, ele é mais forte.Mas a força de kung fu reside nos detalhes da vida como o respeito a sua mãe, ao seu professor, aos mais velhos, a vencer teus erros internos, limpar e arrumar tua casa e trabalho, realizar tudo com perfeição, evitar doenças com exercícios e boa alimentação, não se embriagar e se dopar. Evitar ser enganado, ser gentil com todos e numa hora de necessidade se defender de ataques fisicos… a si mesmo e seus entes queridos!


Isto é kung fu!
Agora, ou você entende isso que eu disse ou jamais entendera kung fu. Saber lutar é bom, mas o segredo é lutar pelo que?ou por quem?

Kung Fu? Acha que pratica?

Não se pratica Kung Fu às terças e quintas das 20h às 21:30!
Kung Fu é um modo de vida, um pensamento. Não podemos apenas ‘praticar’ kung Fu. Nós vivemos Kung Fu! Não existe um só momento em que NÃO ‘praticamos’, nem muito menos existem momentos especiais em que ‘treinamos’. Tudo é Kung Fu. Não podemos nos afastar de Kung Fu, do que podemos nos afastar não é Kung Fu!



Mestre, discípulo, punhos, armas e grande esforço: essas são as personagens que esperam pelo praticante nos dias que se seguirão a entrada do indivíduo numa escola de Kung Fu. Mas tal encontro exigirá, por parte do aluno, algumas abdicações. A lógica do pensamento ocidental deve ser posta de lado. A estrutura do cartesianismo reduzida a cinzas. A relação causa e efeito, desprezada. A separação sujeito- objeto, ignorada.
O tédio ridicularizado. Mas a paixão pela vida, enaltecida. Os detalhes, valorizados, o cotidiano, celebrado!

A cerimônia desse encontro é presidida pelo príncipe Sidarta, que perdeu sua vida para despertar como Buda. Deixou-nos uma tradição de 2.500 anos de aperfeiçoamento pessoal através do estudo, treinamento militar e por fim, caminho espiritual. Já em sua época os homens afiavam suas capacidades em difíceis exames marciais e intelectuais!
Abaixo, um poema que descreve o espírito do guerreiro e do homem:

“Perca toda a esperança. Desista de morrer, isto é impossível. Desista de viver, isto é ilusão. Desista de desistir, isto é invenção. Não há saída, morte, fim, nascimento nem renascimento e nem a não existência de tudo isso! Mas também não há o nada, nem tão pouco o tudo. Não há nada entre os extremos, nem após estes, nem mesmo estes extremos são alguma coisa. Mas não há o que concluir, pois nós estamos aqui, mesmo não estando! Para os que acreditam na vida ensine a morte; Para os que acreditam na morte ensine a vida, mas para os que querem a libertação, ensine a libertarem-se tanto da morte quanto da vida!Desprenda-se da prática, deixe-a livre pra seguir e você perceberá. Não fixe objetivo, viva o presente. A mente os olhos e sua intenção devem se concentrar apenas no treinamento do agora!”

“Só encontrará a sua vida aquele que a perdeu.” (Provérbio Cha´n)


Gosto do Budismo por ser claro e direto: estar vivo significa sofrer. Ciclo incessante de altos e baixos momentos. O total auto-controle é a chave de seu cessar. Pode parecer simples, mas nem para Buda foi tão fácil assim.

Tente manter sua mente vazia e atenta durante um único dia! Imagine durante dias, meses, anos… pode parecer algo tolo, mas tal façanha é apenas uma demonstração do poder de auto-controle. Oras, então concluí-se que é impossível, entediante, desiste e pronto.

Um dos maiores benefícios que conseguirá com tal prática é libertar-se do Ego – aquela voz incessante e manipuladora da mente – que lhe impõe infinitas limitações físicas e emocionais (“ah, não consigo, não posso…”), defeitos (“não sou inteligente, não sou aquilo…”) e outras milhares impossibilidades de se conseguir, de se esforçar para viver [bem]! E os dias vão passando assim, meses, ano.


Considere a possibilidade de mudar sua vida, conseguindo superar (seja, 20, 50, 100…) limitações das infinitas existentes em sua vida.
A resposta é o exercício da mente e do corpo. Considere a mente como um músculo, e você, um sedentário. Com a prática, conseguirá sair do turbilhão de pensamentos perturbantes e viver com mais consciência, disciplina e serenidade.

Tentar, tentar e tentar. E não desistir de tentar. Até que conseguirá.

Até mais
Omitofo


Conheça mais sobre o Sifu Mello e seu trabalho no kung fu, acesse:

2 comentários:

SHIFU LUIS MELLO disse...

Obrigado pelo maravilhoso trabalho. Continue divulgando o Kung Fu que é uma cultura e não somente um esporte. Teremos muitos nomes no Blog. Boa sorte!

Rafael Lira disse...

Sifu Mello, eu que agradeço por vc aceitar o meu convite... e fico contente em saber que teremos muitos nomes do templo Lohan por aqui, um fraterno abraço e fique na paz.